sexta-feira, 29 de abril de 2016

Erros e Acertos durante a confecção da Bobina



Com a entrega do protótipo aproximando-se, algumas considerações acerca do que foi construído devem ser evidenciadas.
Capacitor

O capacitor apresentou, de início, uma dificuldade com o manuseio de seu dielétrico, o vidro. O material adquirido era de vidro temperado e, portanto, não poderia ser cortado em pedaços menores. Isso gerou um problema nos cálculos de capacitância realizados o que obrigou a equipe a redimensionar o capacitor com os dielétricos disponíveis. A partir desses novos cálculos foi possível determinar as dimensões da placa condutora de alumínio que a equipe escolheu utilizar.
Um novo problema com o capacitor foi evidenciado: a organização das placas. Desejava-se dispor as placas metálicas numa configuração em paralelo, e a configuração criada inicialmente estava, de fato, em paralelo, mas não foi possível deduzir conclusivamente, por meio de análises teóricas, se o esquemático produzido funcionava. O problema somente foi solucionado testando o capacitor em laboratório com um capacímetro digital CP-400, obtendo um valor superior ao encontrado em teoria, devido à constante dielétrica do vidro, que era desconhecida e foi estimada abaixo da real. A equipe ficou satisfeita com o resultado.


Protótipo do capacitor

Centelhador

O centelhador foi produzido numa base de madeira de modo que a distância entre os parafusos fosse ajustável.


Centelhador

Bobina Primária

A bobina primária foi produzida em um carretel de 16 cm de diâmetro, com 43 espiras. Inicialmente, o grupo planejava utilizar um segmento de tubo de PVC, no entanto o carretel demonstrou ser mais conveniente do ponto de vista estético e prático.
Bobina Secundária

O primeiro componente da bobina de Tesla a ser produzido pela equipe foi a bobina secundária. Uma tarde inteira foi necessária para enrolar o fio, que é de cobre esmaltado AWG 26. A equipe começou o processo de forma lenta, com uma pessoa enrolando a bobina e alternando esta pessoa em um certo tempo. O processo produtivo foi aprimorado ao decorrer do dia, adicionando mais pessoas ao sistema de montagem, designadas funções específicas para cada um e adicionando verniz na estrutura periodicamente, para isolar os fios como medida de segurança. Ao final do dia, a bobina secundária foi finalizada com 2017 voltas.
Transformador

O transformador de neon foi o componente mais recentemente adquirido pelo grupo. De acordo com o cronograma, o transformador deveria ser comprado mais cedo, permitindo que seus terminais fossem trabalhados com mais paciência. Porém, como evidenciado em publicações anteriores, ocorreram problemas na compra. A opção de aluguel do transformador foi descartada, optando por comprá-lo. Acoplar os fios do circuito ao transformador demandou certa atenção do grupo, uma vez que a alta tensão envolvida demanda rigor de segurança.


Transformador
Com estes componentes, a bobina de tesla foi montada, o circuito elétrico acoplado com o fio de 2,5 mm e será apresentado para o professor orientador no dia desta publicação.

domingo, 24 de abril de 2016

Preocupações com o transformador

Um limitador que tem gerado preocupações dentro da equipe é o transformador. Possui um preço elevado e, portanto, não deve ser comprado em grande quantidade para revenda, além de apresentar o risco de ser danificado facilmente, caso exista alguma falha nos cálculos para a bobina de tesla. O grupo pesquisou e constatou alguns modelos de transformadores pelo Brasil, com preferência aos modelos de neon (NST, do inglês neon-sign transformers), porém foram constatados detalhes em cada um dos produtos que deixou o grupo desconfiado da sua qualidade.

Mensagens eletrônicas foram enviadas para várias empresas, obtendo como resposta a falta do produto ou uma informalidade exacerbada, o que deixou a equipe receosa em adquirir o produto. Outros sites de vendas online apresentavam, em sua descrição do produto, que para a finalidade de construção da Bobina de Tesla, ajustes no transformador seriam necessários, além de não oferecerem garantia. Desconfiados que o tipo de ajuste, que não foi explicitado na descrição, seja executado de forma incorreta, impossibilitando o funcionamento da bobina ou gerando algum dano físico através de uma descarga não prevista, optou-se por não utilizá-lo.

Porém, uma possível solução já foi encontrada. A possibilidade de alugar o transformador ao invés de comprá-lo, com uma empresa de Salvador. Na data desta postagem, a instituição encontra-se fechada, e, portanto, o acordo ainda não foi finalizado, porém, os integrantes da equipe encontram-se esperançosos. Os detalhes do transformador serão fornecidos quando o mesmo estiver em mãos da equipe.

terça-feira, 19 de abril de 2016

Avaliação do Cronograma Semanal


    2ª Semana (11/04 à 18/04/2016)


      Das seis atividades planejadas para esta semana, quatro foram cumpridas: 

        • Reintegração de informações posteriormente mencionadas no blog
        • Apresentação dos objetivos
        • Postagens com fundamentação teórica sobre Nikolas Tesla, Indutores, Capacitores, Centelhadores e Transformadores
        • Compra do transformador
        • Cálculo das dimensões do capacitor, indutor primário e secundário
        • Postagem com a elaboração e contextualização da Bobina de Tesla com sua relevância explicitada

        Os atividades não cumpridas na 2ª Semana se deram pelos seguintes motivos:

        Os cálculos para os indutores primários e secundários estão em processo de ajustes, devido a mudança na altura da bobina que irá interferir no cálculo do valor da auto capacitância e da indutância .

        A compra do transformador ainda não foi possível pois, a equipe não ainda não encontrou uma loja em Salvador que o tenha em estoque.


        domingo, 17 de abril de 2016

        Indutores e Indutância

        Os indutores são uns dos principais componentes para a Bobina de Tesla, ter o conhecimento aprofundado do princípio de funcionamento deles é essencial para compreendê-la melhor. A figura 1 demonstra alguns exemplos de indutores:


                                                          Figura 1: Diferentes tipos de indutores

        O indutor, bobina, ou solenoide, é um importante componente elétrico na atualidade, utilizado em diversos tipos de aplicações como em transformadores elétricos, fontes de alimentação de energia e transmissores e receptores de rádio e tv. O princípio de funcionamento do indutor está em sua capacidade de armazenar energia em um campo magnético gerado pela corrente que o circula, fenômeno este conhecido como indutância. Indutores geralmente são feitos por fios condutores enrolados no formato de espirais, onde cada volta é uma espira, a quantidade de espiras influencia no campo magnético gerado. Segundo HALLIDAY, 2009, a indutância de uma bobina pode ser calculada na formula observada na figura 2, onde l é o comprimento do indutor, n o número total de espiras, A a área da secção transversal do "cilindro" formado pelo indutor e µ0 sendo a constante de permeabilidade do vácuo. A indutância é medida em Henry(H).

        Figura 2: fórmula para cálculo da indutância de um solenoide

        Em muitos casos os núcleos dos indutores são compostos de ar, mas podem ser substituídos por diversos materiais com diversos objetivos diferentes, sendo um dos mais comuns a utilização de um núcleo ferromagnético para aumentar a indutância graças à alta concentração de campo magnético gerada. 


        Figura 3: Bobina de Tesla em funcionamento, em destaque para a bobina secundaria


        Quando dois indutores são aproximados de maneira que o campo magnético de um deles entre em contato com as espiras do outro, é gerada uma diferença de potencial graças ao fluxo de indução magnética presente. Esta diferença de potencial, por sua vez, move as cargas presente no indutor secundário, gerando uma corrente elétrica. A bobina de tesla utiliza o mesmo principio para gerar as descargas elétricas observadas na figura 3. No projeto, serão construídas duas bobinas, uma primária, que irá receber a energia transmitida pelo centelhador, convertendo então esta energia em um campo magnético capaz de gerar diferença de potencial, na forma de alta tensão na bobina secundaria, e uma bobina secundaria, que por sua vez será capaz de armazenar a energia recebida até que a mesma seja forte o suficiente para vencer a rigidez dielétrica do ar, fazendo com que este passe a se comportar com um condutor, de maneira que a corrente atravesse o ar na forma de "raios".


        Referências bibliográficas:

        HALLIDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de física, volume 3. 8ª. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 398 p.

        INDUÇÃO ELETROAGNÉTICA. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br> Acesso em 17 de abr. de 2016.

        INDUTOR. Disponível em: <http://www.eletronicadidatica.com.br> Acesso em 17 de abr. de 2016

        Figura 1: Disponível em: <http://www.egineersblogsite.com> Acesso em 16 de abr. de 2016

        Figura 2: Autoria própria

        Figura 3: Disponível em: <http://www.taringa.net> Acesso em 17 de abr. de 2016

        Bobina de Tesla

        Uma bobina de tesla é um transformador ressonante inventado por Nikola Tesla, como evidenciado em posts anteriores. Um circuito ressonante é um circuito que apresenta em sua esquematizaçao ao menos um capacitor e um indutor, de modo que os dois componentes em diferentes períodos de tempo gerem diferença de potêncial sob o outro, formando uma espécie de ciclo periódico no sentido da corrente. O tipo de bobina que será trabalhado neste blog é o SGTC, do inglês Spark Gap Tesla Coil, ou “Bobina de Tesla de centelhador”. Seu funcionamento necessita do conhecimento de itens discutidos anteriormente em nosso blog:

        • Indutores
        • Capacitores
        • Centelhadores
        • Transformadores
        Figura 1: Circuito esquemático da Bobina de Tesla.

        A figura 1 demonstra um exemplo de configuração de um circuito para um SGTC genérico, porém,  nas relevâncias deste projeto, alguns componentes se diferem dos apresentados. uma bobina é composta de um transformador ligado a uma fonte de tensão AC em sua entrada. O transformador deverá elevar a tensão para valores altíssimos, de cerca de 15 kV, que na saída será ligado em paralelo com um capacitor, com um centelhador em uma das malhas, de forma análoga a figura 1. A tensão, já elevada pelo transformador, que será aplicada no capacitor deve ser completamente suprimida pelo mesmo. Uma tensão elevada não suportada pelo capacitor pode potencialmente reduzir a tensão alcançada na bobina secundária.

        Uma vez que o capacitor se carregue, os terminais do centelhador passarão a possuir uma diferença de potencial que supera a rigidez elétrica do ar, atuando como um curto circuito. Essa corrente atuará no indutor primário, ou bobina primária. A bobina primára produzirá um campo magnético que por sua vez induz, por meio de sua linha de força, uma nova tensão na bobina secundária. A primária deixará de induzir depois de um certo tempo, e o capacitor volta a ser carregado pelo transformador, gerando um ciclo.


        Durante o processo da bobina primária e o capacitor, a bobina secundária que estará aterrada em um de seus terminais e possuirá um toróide ou esfera em sua parte superior que irá se comportar como um capacitor pela indução da bobina secundária, cujo dielétrico se forna o próprio ar, causando os “raios” típicamente visualizados em bobinas de tesla.

        O projeto é extremamente útil para a equipe pois, para sua realização, são necessários estudos aprimorados sobre todos os seus componentes por se tratar de um planejamento que requer uma certa precisão afim de evitar equívocos que se manifestem de forma catastrófica ou de prejuízo financeiro elevado. O grupo deverá discutir, pesquisar, planejar e debater sobre obstáculos que a bobina de tesla oferece desde a decisão do diâmetro dos fios a serem utilizados nos indutores até os cálculos das dimensões do capacitor, agregando estudos e disseminando conhecimento de forma eficiente e prática.

        Transformadores

        " A Terminologia Brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o transformador como: Um dispositivo que por meio da indução eletromagnética, transfere energia elétrica de um ou mais circuitos (primário) para outro ou outros circuitos (secundário), usando a mesma frequência, mas, geralmente, com tensões e intensidades de correntes diferentes."
        Fonte: Transformador Ideal

        Conceitos Importantes

        Para entender o funcionamento de um transformador, primeiro é necessário compreender alguns conceitos da física. Anteriormente, alguns deles já foram explicados, como Indução e Campo Magnético, complementarmente, será introduzido rapidamente o conceito da Primeira Lei do Magnetismo (Lei de Faraday):
        O físico inglês Michael Faraday descobriu que uma força eletromotriz (f.e.m.) pode ser induzida em um circuito pelo fluxo do campo magnético variável que o atravessa. Em um transformador, essa é a equação que irá relacionar a f.e.m. em cada bobina com o número de espiras de cada uma delas. A equação matemática que a representa é:
          

        Sendo ε a força eletromotriz, 𝜙 o fluxo magnético e △t o tempo.

        O transformador

        A estrutura física de um transformador é basicamente um núcleo de ferro com fios enrolados em dois de seus lados, com um deles conectado à um gerador, sendo formadas duas bobinas, uma primária de um lado e uma secundária do outro.  
        A imagem abaixo pode representar esquematicamente um transformador. Sendo as espiras vermelhas o primário, as verdes o secundário, a estrutura com formato de um paralelepípedo vazado o núcleo de ferro, o terminal verde o gerador e, por fim, o campo magnético as linhas pretas desenhadas no núcleo.


        O funcionamento de um transformador é dado por uma indução mútua entre suas duas bobinas,  a corrente do primário gera um campo magnético que atinge o interior do secundário, induzindo assim uma corrente no mesmo. Essa corrente induzida é calculada através da Lei de Faraday, que mostra que o campo magnético gerado pelo primário irá atingir o secundário, gerando assim, uma corrente no mesmo. Se a quantidade de espiras for maior no primário, teremos maiores tensões e menores correntes na bobina do mesmo, já se tiverem mais espiras no secundário, acontecerá o oposto.
        Conhecendo as equações da Lei de Faraday é possível calcular a força eletromotriz em cada bobina, sendo a f.e.m. de cada bobina igual à f.e.m. em cada espira multiplicada pelo número de espiras dela. Matematicamente:


        Como o fluxo magnético é igual em ambas as bobinas, e o tempo percorrido também:


        Igualando as equações I e II, temos:


        Assim encontramos a relação entre a força eletromotriz em cada bobina e o número de espiras da mesma.


        É perceptível que um transformador pode ser utilizado tanto para abaixar, como para aumentar uma tensão, assim, a escolha da quantidade maior de espiras no primário e no secundário deve ser arbitrária, de acordo com cada necessidade.

        No caso da Bobina de Tesla, é possível perceber a presença de dois transformadores, o primeiro é um transformador que elevará a tensão de 110V ou 220V para um valor da ordem de KV, dependendo da necessidade do projeto, aqui será considerado um valor próximo à 15KV. O segundo transformador será a própria Bobina de Tesla em funcionamento.



        Referências Bibliográficas:

        HALLIDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de física, volume 3. 8ª. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 398 p.

        Princípio do Funcionamento do Transformador. Disponível em:
        <http://www.feis.unesp.br/> Acesso em: 16 de abr. de 2016

        Lei dos transformadores e seu princípio de funcionamento. Disponível em:
        < http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/ > Acesso em: 16 de abr. de 2016

        Transformador Ideal. Disponível em:
        < http://www.webcitation.org/ > Acesso em: 16 de abr. de 2016

        Todas as imagens nesta publicação são de autoria do próprio grupo.

        Centelhador

        Quando os capacitores do circuito estiverem carregados, o centelhador será o componente que permitirá a transmissão dessa energia para a bobina primária e, consequentemente, para a secundária.
        No esquema da figura 1, fornecido pelo professor, o centelhador é representado com a sigla Sg1.
                                                            Figura  1: Circuito esquemático da Bobina de Tesla. 

        O funcionamento deste componente consiste em dois condutores com um espaço entre eles geralmente preenchido por um gás, como o ar, que ao ser exposto a uma diferença de potencial que supere a rigidez elétrica do material permite a passagem de uma “centelha” elétrica. A rigidez dielétrica corresponde ao valor máximo de campo elétrico que o dielétrico suporta até seu ponto de ruptura, ou seja, até que se torne um condutor. Na tabela 1 alguns exemplos de materiais e sua rigidez dielétrica, juntamente com a constante dielétrica k, associada a capacitores, explicada em outro tópico.

        Tabela 1: TIPLER

        Utiliza-se centelhadores para não permitir a passagem de corrente até que a tensão desejada seja alcançada, levando em conta que pode-se ajustar a distância entre os dois condutores, assim aumentando ou diminuindo a tensão necessária pra ruptura do dielétrico.

        Referências bibliográficas:

        SPARK GAP. Disponível em <http://home.earthlink.net/~drestinblack/sparkgap.htm>. Acesso em 17 Abr. 2016

        HALLIDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de Física. 9ª Ed. LTC. 2012.

        MOSCA, Gene; TIPLER, Paul A. Física para cientistas e engenheiros. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.v. 2.

        sábado, 16 de abril de 2016

        Confecção da Bobina Secundária

        No último sábado, dia 16 de abril de 2016, a equipe se reuniu e confeccionou, com sucesso, a bobina secundária do projeto.
        Foram enroladas aproximadamente 2016 espiras, num período de 8 horas de trabalho.


        Na foto, os integrantes Nélson e Allan, respectivamente, fazendo o enrolamento da bobina, mostrando a evolução da mesma. 


        Os materiais utilizados foram: 1,5 km de fio de cobre esmaltado AWG 26, verniz para bobinamento, tubo PVC de 95 cm, com 4 polegadas de diâmetro e dois Caps para fechamento do tubo.


         Foto de parte dos materiais utilizados.



        quarta-feira, 13 de abril de 2016

        Capacitores


        Os capacitores são uma parte fundamental da Bobina de Tesla que se planeja montar. Para isso é necessário ter conhecimento básico sobre o funcionamento dos mesmos. Segundo HALLIDAY, 2009, um capacitor é sempre composto por dois condutores isolados entre si, chamados de placas, independente de seu formato. Tomando-se como exemplo um capacitor de placas paralelas condutoras com área A, distância entre eles d e nenhum dielétrico, o capacitor ao ser carregado terá carga –q numa placa e carga +q na outra (toma-se |q| como carga de um capacitor). A figura 25-2 esquematiza um capacitor.

        Fonte: HALLIDAY


        Existe uma relação entre a carga, a diferença de potencial e capacitância, como pode ser visto na equação q = CV , em que q é a carga, V é a diferença de potencial entre as placas. Porém essa fórmula não se aplica para o dimensionamento de capacitores, que é um dos objetivos do projeto, assim sendo, utilizaremos a seguinte relação:
           Fonte: TIPLER  
                                               
        Onde C é a capacitâcia, K é a constante dielétrica do material isolante, Eo é permissividade do vácuo, A é a área das placas e d é a distância entre elas.
        Os dielétricos são materiais não condutores que aumentam a resistência ao descarregamento de uma placa na outra, aumentando assim a carga que um capacitor pode obter.
        A figura 25-4 demonstra um circuito básico com capacitor:
        Fonte: HALLIDAY


        Refrências Bibliográficas:

        HALLIDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de física, volume 3. 8ª. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 398 p.

        TIPLER, PAUL A.; MOSCA, GENE. Física, volume 2: Eletricidade e Magnetismo, Ótica. 5ª. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 550 p.

        terça-feira, 12 de abril de 2016

        Cálculos do Capacitor

        Para a construção da bobina é necessário o dimensionamento do capacitor a ser utilizado no circuito. Após pesquisas em diversos sites e livros, o grupo encontrou as seguintes relações:



        Sendo que: 

        C mínimo = Capacitância mínima para o capacitor

        f  = Frequência da corrente elétrica que chega no transformador = 60 Hz

        Z = Impedância do transformador 

        V = Tensão de Saída da Fonte = 15kV

        I = Corrente nominal da fonte = 30 mA



        Realizando esse cálculo, o grupo encontrou uma capacitância mínima de:

        C mínimo  5,3051647 nF

        Sabendo a capacitância mínima, foi possível decidir qual tipo de capacitor a equipe utilizaria. O grupo optou pelo capacitor de placas paralelas, por ser de fácil execução, evitando futuros problemas.

        Para o capacitor de placas paralelas, temos a seguinte relação:




        C = Capacitância a ser usada pelo grupo

        n = número de capacitores associados em paralelo


        ε Constante dielétrica do dielétrico


        ε 0 Constante dielétrica do vácuo = 8,85 E-12

        d = Espessura da placa dielétrica = 4mm

        A = Área da placa

        O grupo escolheu como dielétrico o vidro, por ele ter uma rigidez dielétrica relativamente alta, entre 75 e 300 kV/cm, podendo resistir à tensão de 15 kV, que será fornecida pela fonte. A área calculada pelo grupo é referente ao tamanho das placas metálicas condutoras, e a partir dessa área calcularemos o tamanho dos lados das placas metálicas . Além disso, o valor de capacitância foi aproximado para 5,5 nF, para termos um valor de capacitância um pouco acima do mínimo possível, para termos certeza de que o capacitor absorveu a potência máxima do transformador, garantindo assim que ele não transforme parte da energia que ele fornece em energia térmica, o que poderia inutiliza-lo.

        Com esses dados foi possível calcular o tamanho da área de cada placa, utilizando 5 capacitores:




        Realizando esse cálculo, o valor encontrado para a área, utilizando cinco capacitores, foi, aproximadamente:

        ≅ 0,1381042059 m²


        Refrências Bibliográficas:

        HALLIDAY, D; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos de física, volume 3. 8ª. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 398 p.

        Lúcio Borges, Rogério  Ferreira. A sua “Bobina de Tesla”: Manual explicativo de como construir sua própria “Bobina de Tesla”. Poços de Caldas: 2014, 17 p.


        sábado, 9 de abril de 2016

        Breve Histórico: Nikola Tesla e a Bobina

        nikola-tesla
                 Imagem 1: Tesla Educational
        Em 10 de Julho de 1856 nasce Nikola Tesla, na vila de Smiljan, perto da cidade de Gospic, na fronteira militar da atual Croácia.
        Em 1863 ele se muda com a família para a cidade, onde termina seus estudos primários em 1870.
        Entre 1870 e 1873, Tesla entra em uma escola técnica em Karlovac e em 1874, contrariando a vontade de seu pai, ele retorna a Gospic, onde uma epidemia de cólera se espalhava. Tal doença o deixaria de cama por 9 meses.
        Entre 1874 e 1877 estudou em uma das 4 escolas da Áustria-Hungria que treinava engenheiros.
        Em 1881 Tesla foi empregado como engenheiro em Budapest. Aqui ele criaria sua primeira invenção, um aparelho para amplificação de voz em telefones.
        Em 1882 ele é contratado pela Continental Edison em Paris, reparando máquinas da companhia, e passa a atuar em vários lugares da França e Alemanha.
        Tesla percebe que a Europa não fornece suporte para suas descobertas e, em 1884, aceita uma oferta de Charles Batchelor, um associado próximo de Edison e seu representante na Europa, para trabalhar na principal fábrica de Edison em Nova York. Batchelor escreveu uma carta para Edison que dizia: "Eu conheço dois grandes homens e você é um deles. O outro é este jovem".
        Entre 1885 e 1888 tesla cria sua primeira companhia, a Tesla Electric Light and Manufacturing e depois cria a Tesla Electric, com o objetivo de aplicar sua invenções na área de corrente alternada e, em 1888 o escritório de patentes dos Estados Unidos aprova sua patente para um motor de indução e um sistema de produção, transmissão e distribuição de energia elétrica.
        De 1888-1891 suas 36 patentes permitiram desenvolver a base da segunda revolução industrial.
        Em 1890 ele começa suas pesquisas com correntes alternadas de  alta frequência, que resultaria, em 23 de junho de 1891, na patente número 452.622, o transformador ressonante, conhecido pelo mundo como Bobina de Tesla.


        Fontes:
        Imagem 1: Nikola Tesla Educational Corporation - Nikola Tesla documentary. Disponível em:
        <https://www.teslaeducational.ca/category/foundtesla/>. Acesso em 18 de abr. 2016

        Feira de Ciências - Bobina de Tesla. Disponível em: <http://www.feiradeciencias.com.br/sala14/14_01.asp>. Acesso em: 13 de abr. 2016.


        Instituto de Física da UNB - Bobina de Tesla. Disponível em: <http://www.fis.unb.br/gefis/index.php?option=com_content&view=article&id=201&Itemid=320>. Acesso em: 13 de abr. 2016.

        Nikola Tesla Museum - Chronology. Disponível em:
        <http://www.nikolateslamuseum.org/web/page.php?p=11&s=20&l=en>. Acesso em 17 de abr. 2016

        Imagem: https://www.teslaeducational.ca/category/foundtesla/

        sexta-feira, 8 de abril de 2016

        Apresentação do Projeto

        O trabalho tem como objetivo a construção de uma Bobina de Tesla dimencionada pela própria equipe, utilizando o conhecimento obtido em sala de aula, através de pesquisas sobre o assunto e o circuito esquemático fornecido pelo professor (Fig 1).

        Fig  1: Circuito esquemático da Bobina de Tesla.

        Para a construção da Bobina será necessário:

        1 - Transformador 220V/15000V.
        2 - Tubo de PVC de 4 polegadas e 1000 mm.
        3 - Capacitor (Dimensionado pela equipe).
        4 - Fios de conexão.
        5 - Centelhador.



        Apresentação da Equipe

        Esse blog faz parte do trabalho de Física Prática C do curso de Engenharia Elétrica da faculdade SENAI CIMATEC e foi proposto para nossa equipe pelo docente Targino Amorim. O blog tem como objetivo registrar o desenvolvimento do projeto, com atualizações semanais do progresso obtido pela equipe.
        A equipe é composta por 8 integrantes, da esquerda para a direita:




        Robson Costa Monteiro Filho
        João Paulo Pessôa Pereira
        Erick Karl Volkert Alves
        Lucas Sarno Castro Borges
        Giovanni Malisano
        Liz Moraes Simões Fernandes
        Nelson Dias Timbó
        Allan Fonseca Seixas




        quinta-feira, 7 de abril de 2016

        Cronograma do Projeto

        Projeto : Bobina de Tesla
        Faculdade de Tecnologia SENAI CIMATEC
        Curso: Engenharia Elétrica
        Docente Orientador: Targino Amorim Neto

        Em virtude das discussões realizadas pela equipe, todos os membros concordaram que o cronograma anteriormente publicado apresentava carências ou imperfeições no conteúdo e, portanto, foi aprimorada. Segue um novo cronograma com uma disposição de conteúdo mais elaborada, a fim de deixar claro o progresso da equipe.

                        Semana/Data
                                        
        Objetivo
                              Progresso

          1ª Semana
        04/04 a 11/04


        • Criação do blog e discussões iniciais da equipe



         2ª Semana
        11/04 a 18/04


        • Reintegração de informações posteriormente mencionadas no blog
        • Apresentação dos objetivos
        • Postagens com fundamentação teórica sobre Nikolas Tesla, indutores, capacitores, centelhadores e transformadores
        • Compra do transformador
        • Cálculo das dimensões do capacitor, indutor primário e secundário
        • Postagem com a elaboração e contextualização da Bobina de Tesla com sua relevância explicitada


        3ª Semana
        18/04 a 25/04


        • Preocupações que o transformador trás: notáveis dificuldades em trabalhar com altas potências
        • Recebimento do transformador e início imediato de adaptações no componente
        • Postagem com desenho do projeto em SketchUp
        • Postagem com o circuito elétrico a ser montado para a bobina
        • Pendências extraordinárias


        4ª Semana
        25/04 a 29/04


        • Montagem das espiras
        • Ajustes finais do protótipo no dia 28/04 com postagens no blog
        • Apresentação do protótipo para o professor no dia 29/04


        5ª Semana
        29/04 a 06/04


        • Ajustes finais no projeto
        • Postagens finais do blog
        • Resumo de todo o processo de construção da bobina